terça-feira, 12 de março de 2013

CONVENTO FRANCISCANO DE OLINDA

A datação primitiva do Convento é do final do século XVI, hoje, assevera-se ser um dos exemplares ímpares das construções franciscanas que se espalharam pelo mundo. O conjunto arquitetônico está inserido em um espaço de ambiência privilegiada que instiga a procura por conhecê-lo e vislumbrá-lo.
Numa placa na parede do prédio da Ordem Terceira se vê:

1577. Refere-se ao conventinho primitivo que em 1577 a Terceira Franciscana Regular Maria da Rosa mandara construir para os franciscanos que deveriam vir para Olinda. Na realidade eles chegaram em 1585.

Eles vieram a pedido do povo de Olinda que mantinha grande admiração por São Francisco.
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Bem poucos reparam a inscrição esculpida nas cornijas das duas janelas da Portaria: “Anno – 1754”. Esta data, porém, longe de nos revelar a época da fundação, apenas marca o ano em que se concluiu a reconstrução, passada a Guerra Holandesa que o destruiu.

Restabelecida a ordem pela Restauração de Pernambuco em 1654, os frades cogitaram na reedificação da casa e igreja mais amplas, tal qual hoje se apresentam. Traçada a planta, trataram de angariar materiais e donativos para iniciar os trabalhos em 1712, que letamente prosseguiram, pois só em 1754 terminaram.

Sabiam os frades que o Convento estava inteiramente a serviço das Missões, não somente entre os indígenas, mas também para a evangelização dos colonos, certamente os mais necessitados do Evangelho.

O carisma franciscano de estar a serviço inspirava toda a vida religiosa dos frades.

Um adro com o cruzeiro estende-se, mais em baixo, frente à igreja

A fachada ds igreja é encimada por um nicho com a imagem de Nossa Senhora das Neves, com traços indígenas.


A IGREJA



 “Entrando nela, tem-se logo a impressão de um ambiente sagrado e formoso. Toda ornada de painéis de mestres cujos nomes continuam ignorados, vêm-se as paredes cobertas até altura de uns três metros de ricos azulejos, apresentando em quadros sucessivos cenas da vida de N. Senhora. O mesmo acontece nos painéis de cores que no teto, enfaixados em ricas molduras, descrevem as glórias de Maria Santíssima.


As imagens da igreja:
- No altar-mor:

a) Vemos Nossa Senhora das Neves (não mais a primitiva) no trono que servia nas igrejas do século XVIII, para a Exposição do Santíssimo. Está sem o Menino Jesus que foi roubado.

Acima da imagem, no cimo, o escudo do Divino Espírito, na forma de uma pomba.

b) Do lado direito, a imagem de São José;

c) Do lado esquerdo, a imagem de São Boaventura, padroeiro dos estudos franciscanos.

- Depois do arco, os altares colaterais:

a) Da parte do Evangelho, temos a imagem da Imaculada Conceição e da parte da Epístola, a do Glorioso Santo Antônio, Padroeiro da Província.

Esta colocação é uma tradição entre nós.

Chama a atenção o fato de todas as imagens estarem sem os seus resplendores de prata, que eram muito belos. Foram roubados há poucos anos (década de 1990).

Quem quer que entre no templo sente-se convidado a rezar, a contemplar.
Quem vem como turista, entra como romeiro.
E certamente sai reconfortado.










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